domingo, 19 de abril de 2009

Plano b e Músicos

Confirmada a possibilidade de conversa com o dono do Plano B para esta semana.
Contacto já estabelecido com alguns dos músicos, de várias gerações, que nos darão as suas opiniões sobre a importância do aparecimento deste tipo de espaços no Porto. Conversas a terem lugar com a maior brevidade possivel.

Fontes, Pontes e Contactos (confirmados e por confirmar)

Embora cansativo, pela espera, dia muito proveitoso o de ontem. Conseguimos falar com Álvaro costa que simpaticamente se disponibilizou a dar-nos uma entrevista. Só falta marcar a hora, o que não se irá avizinhar fácil devido à ocupada agenda do comunicador.
Na nossa investigação sobre o tema que decidimos tratar tínhamos descoberto um Geógrafo, Ricardo vale, que recentemente desenvolveu uma Tese de Mestrado sobre a relação entre a música e o espaço, com principal incidência no Porto. Da conversa com Álvaro costa ficou bem encaminhado o contacto com mais esta fonte. Este testemunho, a concretizar-se, dará uma nova perspectiva ao trabalho, a Académica, a qual nunca pensámos incluir, devido à falta de trabalho científico nesta área em Portugal.

Casa do Livro: outro conceito de espaço, musica ao vivo presente



Mais um dia de recolha. Conversámos com o proprietário da “Casa do Livro”. A Casa do Livro é outro dos espaços que oferece música ao vivo na Baixa do Porto.
Estas entrevistas com os donos dos bares têm sido muito proveitosas. Primeiro, percebemos que as razões pelas quais a música tocada ao vivo foi incluída nas agendas dos espaços diferem; segundo, embora as actividades oferecidas por cada espaço, principal centro de rentabilidade dos negócios, sejam completamente diferentes de uns para os outros, a música ao vivo parece ser uma aposta de “sucesso”. Muitas vezes não pela rentabilidade financeira, mas sim pela concretização de uma ideia que os proprietários têm de como estes espaços devem funcionar. Neste tipo de negócio parece ressurgir um certo idealismo que, na opinião dos vários proprietários entrevistados, pode também contribuir para que se tornem rentáveis. Esse sonho parece passar muito pela oferta de música ao vivo, actividade de força única nesse campo.

sábado, 11 de abril de 2009

Ponto de Vista do Músico: do Passado Recente ao Futuro


Estivemos à conversa com Alexandre Almeida, músico da cidade do Porto desde os finais da década de 80. Esboçou um breve trajecto da música “ao vivo” nos últimos 20 anos no Porto destacando fases distintas que oscilam entre alta actividade no que diz respeito à música “ao vivo” e a quase inexistência de acção nesta área. Alexandre Almeida aponta como consequência dos períodos de vazio o “desperdício de imenso talento” musical no Porto.
O trajecto deste músico não é o comum visto ser a música o seu sustento. Alexandre Almeida tocou em bandas de garagem no início de 90, foi durante 10 anos guitarrista dos Bandemónio de Pedro Abrunhosa, é produtor e compositor. Brevemente estará na estrada com a sua nova banda - Os Cazino. Curiosamente, o único concerto dado foi, por opção da própria banda, na Baixa do Porto, precisamente num dos espaços que oferecem música “ao vivo” regularmente.

Visita ao Breyner (ainda)

Esta visita mostrou-se também benéfica pela oportunidade que nos abriu de uma possível entrevista com Álvaro Costa, um dos maiores nomes da Rádio em Portugal e profundo conhecedor de tudo o que se relaciona com o universo musical. A consumar-se, esta entrevista pode vir a ser de extrema importância para o nosso trabalho. Álvaro Costa será, muito provavelmente, uma das fontes mais capacitadas tanto para nos esclarecer sobre o percurso histórico da música “ao vivo” no Porto como para analisar as possibilidades que se abrem com o ressurgimento de espaços com palco e que se dedicam à música “ao vivo” no Porto.
O evento em que esperamos encontrar o Radialista, reveste-se de outros motivos de interesse. Está prevista a gravação de um vídeo de uma conceituada banda do Norte do país e que contará com a presença de nomes sonantes da música portuguesa. Tentaremos junto deles recolher o máximo de informação. Sendo gente pertencendo meio musical há muitos anos, certamente nos poderão facultar dados da maior relevância.

Visita ao Breyner85


Entrevistamos David Fialho, proprietário da Academia de Artes Breyner 85. Este espaço, situado na Rua do Breyner não funciona ainda a 100% em todas as suas valências. No entanto, muitas das ideias pensadas para este projecto são já uma realidade.
Entre as muitas surpresas que tivemos durante a visita vespertina ao Breyner 85 destacamos o ambiente musical que se respira nas várias divisões do espaço. As salas de ensaio que são disponibilizadas aos músicos associados da academia fazem com que uma tarde de chuva transforme o bar com piano localizado num dos cantos da sala num espaço de troca de ideias entre os músicos que acabam e os que estão a caminho dos ensaios das respectivas bandas: enquanto fumam cigarros discutem o concerto da noite anterior; uma pianista italiana mostra as suas composições a um jovem casal, explicando as características napolitanas que diz terem… entretanto, é convidada a participar num ensaio de um outro músico que revê as letras das músicas para o ensaio que brevemente iniciará.
O Bar-Concerto, localizado um piso acima do Piano-Bar, está agora silencioso. Só à noite ganhará vida. A música “ao vivo” terá então lugar, produto de todo um trabalho que também no Breyner 85 se ensina.
“Sempre acreditei que a música é um agente suficientemente poderoso para a mudança, e que por vezes as palavras, ou as agendas, podem meter-se no caminho.”
Eric Clapton

Do ponto de vista do músico, apaixonado pelo seu trabalho, parece óbvio o sentido que Eric Clapton quis imprimir nestas palavras. Sendo o nosso trabalho constituido por agendas e palavras não será nossa propósito metermo-nos "no caminho" da mudança da qual música é o agente. Tentaremos, no entanto, que as nossas agendas e as nossas palavras (imagens, videos, audios) sejam capazes de mostrar a maneira como a música é (ou tenta ser) esse agente (suficientemente poderoso ou não).